domingo, 8 de julho de 2012

Canibais de nós mesmos

Parece uma raça à parte... parece uma subseção da humanidade. Não uma seção menor, não menos desenvolvida. Só uma seção a parte. A seção daqueles que se autodestroem, daqueles que não ligam, daqueles deprimidos. Daqueles que não conseguem contornar as vilezas da vida; essa é a minha parte, é o grupo ao qual pertenço. O nosso grupo, nós que somos, como disse Cazuza, "canibais de nós mesmos, antes a terra nos coma". E não nos importa o que vai acontecer; na verdade, nos importa mais o que já aconteceu: o passado que nos tortura. O futuro só nos assusta, então preferimos não pensar muito nele. Somos, de certa forma, marginais. Vivemos à margem da sociedade, à margem dos bons costumes, da honra, do bonitinho, do aceitável. Queremos ser ótimos, excelentes para nós mesmos. Não sentimos necessidade de impressionar... dessa vida, ninguém leva porra nenhuma, mesmo. Vivemos na parte da verdade, do realismo; na parte que poucos ousam explorar. Essa é a parte difícil, e também por isso a preferimos. Damos nossa cara a tapa, e não nos arrependemos. Melhor viver pouco, mas viver como queremos, porque, afinal, temos só essa vida. Sem bônus nem extra por bom comportamento.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

"Desconfia dos que não fumam:
esses não têm vida interior, não têm sentimentos.

O cigarro é uma maneira sutil e disfarçada de suspirar."
[Mario Quintana]


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

3 Maneiras Fáceis para Morrer


1ª - Fume um cigarro diariamente. - Você morrerá 10 anos mais cedo. [concluído]
2ª - Beba álcool diariamente. - Você morrerá 30 anos mais cedo. [concluído]
3ª - Ame alguém que não te ama de volta. - Você morrerá todos os dias. [concluído]
(fonte:http://brubmf.tumblr.com/)

ps. Já concluí as 3 maneiras... é, acho que não tô muito bem '-'

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Reflexos do Preconceito

Esses dias eu estava na sala de aula e ouvi, sem querer, uma conversa que me motivou a escrever este texto. Eu preferia não precisar escrever isso, não ter que passar pelo mal-estar de ouvir palavras como as que ouvi saindo da boca de alguém que se diz "racional", mas enfim... ouvi, e enquanto ouvia fui escrevendo, pra estravasar a raiva que me subiu e aliviar a sensação de impotência diante da situação. Aqui vai o texto que saiu:

Limitados. A mente estreita, fechada. Não estarão abertos ao mundo enquanto não se apaixonarem, porque para aceitar é necessário compreender, e para compreender o amor é preciso amar verdadeiramente, não importa quem ou em que circunstâncias. Enquanto nada disso acontece, esses idiotas medievais continuam com suas vidas medíocres, rejeitando qualquer um que não siga sua cartilha secular e achando que algum Deus (que eles próprios criaram, como uma defesa contra suas maldades e hipocrisia) está aprovando as atrocidades por eles cometidas.

Obrigadoporler, volte sempre.

domingo, 17 de outubro de 2010

Reflexos da Decepção

Mais uma decepção. Mais um motivo para deixar de crer nas pessoas, ou mesmo deixar de crer em mim. No fundo eu sei que o grande culpado por tantas decepções sou eu mesmo, e eu gostaria de saber parar com isso; gostaria de saber esperar alguém que realmente me valorize, ao invés de fazer gestos mínimos e inúteis diariamente para que, talvez um dia, este ser me perceba. Gostaria de estar feliz só pela felicidade da pessoa que amo, de estar bem só por ver que ele está bem, sem a necessidade de estar comigo... mas eu não sou assim, nunca fiz o bonzinho e não começarei agora, e pago diariamente por ser como sou, mas ao mesmo tempo não consigo mudar, porque convenhamos: a vida de bom moço não tem a mínima graça, e no momento em que eu mudar para satisfazer outra pessoa, podem me jogar pela janela mais próxima.

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Comecei num assunto, terminei noutro completamente diverso. Parabéns, hein? o/
Eu estava numa crise, então resolvi escrever isso direto aqui no blog mesmo... e até que não ficou ruim, considerando as circunstâncias.

Obrigadoporler, volte sempre.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Reflexos da Solidão

Sozinho. Inexplicável e incontestavelmente sozinho. Não importa quantos amigos você tenha, nem quão numerosos sejam os seus familiares, um dia você estará sozinho, sem ninguém para lhe dizer o que fazer ou lhe abraçar numa hora difícil; no fim é você por você mesmo. Um dia todos de quem você gosta, todos que admira e com quem convive deixarão o mundo, deixarão você, irão para um lugar onde você não poderá mais falar com eles, sem se importar com o fato de você ainda estar aqui, lutando por um objetivo, e essa verdade lhe atingirá de maneira dolorosa, e você só então se dará conta de como era importante tê-los por perto, e se arrependerá por não ter dito aquele "eu te amo", por não ter dado aquele abraço, por não ter feito aquele favor. Você desejará estar com aqueles que se foram, compartilhar com eles mais um momento; mas você não poderá, porque a vida não é justa e você aprende isso das formas mais brutais possíveis.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

I'm Back...

Olá, seres... sim, faz éons que não apareço, mas hoje estou aqui (obviamente que estou, ou este texto não teria sido postado) para compartilhar com vocês mais um pouco dos meus textos. O texto que postarei abaixo é de novembro de 2009, e fiquei razoavelmente surpreso ao perceber que pouca coisa mudou desde que o escrevi. Bom, logicamente muitos conceitos meus mudaram, muitos princípios, modos de pensar (redundância =/) e algumas atitudes, mas, disso tudo, pouca coisa foi realmente significativa. Haverá no texto a referência ao Pequeno Gafanhoto, que, se não me engano, foi um personagem que eu tirei de uma referência num fórum de jogo, personagem esse que acaba sendo útil quando eu não tenho ninguém em especial a quem direcionar o texto, como no caso seguinte. Segue o texto:

Ao Pequeno Gafanhoto (2:10 da manhã, Domingo, 27 de setembro de 2009)

Olá, pequeno gafanhoto... hoje, particularmente, não escreverei muito, ou pelo menos nada cujo conteúdo possa ser aproveitado de alguma forma.
Com tantas coisas a fazer, começo a me sentir horrivelmente sufocado, mas ao mesmo tempo feliz e despreocupado... francamente, não consigo compreender direito o que se passa agora, mas gostaria que tudo acabasse logo. A pressão vem de todos os lados, e as obrigações que tanto evito estão desmoronando cada vez mais e inevitavelmente sobre mim. Sabe, Pequeno Gafanhoto, às vezes penso que seria mais interessante sucumbir de uma vez a tudo isso.
Hoje despertei razoavelmente cedo, o que é compreensível, já que a única coisa que tenho feito e que me da certo prazer ultimamente é dormir. Acordar e lembrar lentamente de todas as obrigações, das responsabilidades futuras, das pressões, do porque estou nessa situação sufocante, não é legal. Nasce aqui dentro o desejo de simplesmente continuar dormindo, dormir até que tudo isso passe, e, apesar de saber que isso não seria possível, essa ideia me ajuda a ter força para pelo menos levantar da cama que parece me atrair como um ímã particularmente insistente.
Gostaria que soubesse também, Pequeno Gafanhoto, que, aconteça o que acontecer, continuarei escrevendo estes textos inúteis e enfadonhos. É a minha forma de dizer o que penso, e você, Pequeno Gafanhoto, é o único a quem posso escrever desta maneira.
De qualquer forma, quando abro a janela rangedora aqui de casa, a árvore antiga que toda manhã deixa metade do seu total de folhas no jardim ainda está lá, do mesmo jeito de sempre, de modo que eu ainda posso observá-la por quanto tempo eu bem quiser, tirar fotos, jogar as fotos no lixo, expulsar criancinhas irritantes dos longos galhos do seu grosso tronco, criancinhas que, aliás, já tive vontade de enforcar. Mas isso não vem ao caso, não é, Pequeno Gafanhoto? O que realmente importa são as coisas que normalmente nós, idiotas, não percebemos que existem, coisas que ignoramos, mas pelas quais um dia lamentaremos. Enquanto esse dia não chega, continuemos com nossas vidas medíocres e sem sentido, até que possamos encontrar uma pessoa idiotamente especial e que nos faça chorar por horas a fio, e que não ligue realmente para nós. Logicamente será a pessoa errada, mas quem disse que precisamos realmente da pessoa certa? Para ser franco, a cada dia diminui a minha necessidade de achar alguém. Pra que procurar? Por enquanto, não quero quebrar a cara, e acho sinceramente que “amar alguém” e “quebrar a cara” estão inevitavelmente ligados por uma nada tênue linha.

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Enfim, não tem muito o que comentar sobre esse texto, vocês conhecem o meu estilo. Esse só foi um texto um pouco mais incisivo do que eu costumo fazer, mas nada relevante. Divagações, como sempre, que espero que alguém aprecie, de alguma forma.
Espero postar novamente em breve.

Obrigadoporler, volte sempre.