sábado, 4 de setembro de 2010

Reflexos das Mudanças

Hi folks... acho que devo uma explicação por tantos dias sem postar, não? Não. Tá, eu devo, mas realmente não tem o que explicar, eu sou estranho, vocês sabem disso, e sabem também que isso não é desculpa pra abandonar o blog, então chega-se à conclusão de que não há nenhuma explicação coerente para tal descuido. Acontece que esses dias que eu fiquei sem postar foram dias que desperdicei refletindo. Sim, acho isso um desperdício. Não se chega a lugar nenhum e não se obtém nada além de mais frustração. O assunto sobre o qual discorrerei hoje é um tópico particularmente insistente que não saiu da minha cabeça durante muitos dias, então acho que vale a pena compartilhar.
Trata-se das mudanças. Certamente alguém dirá: "aah cara, vai tomar no cú... fica uma era sem postar e agora vem falar sobre essa porra clichê?" Aham, bem isso.
Não sei se isso ocorre com todos, mas eu tenho a irritante mania de me sentir culpado por mudar. Sinto que, de alguma forma, estou decepcionando alguém próximo ou traindo meus próprios princípios (e muitas vezes estou). Uma das mudanças mais aparentes de que posso falar é em relação ao gosto musical. Passei do MPB ao Rock e só me dei conta disso há alguns meses, e percebi que o nosso gosto musical varia de acordo com o período pelo qual estamos passando no momento. Geralmente começamos escutando aquilo que nossos pais escutam, naturalmente. Depois partimos para o nosso próprio estilo, e muitas vezes nos esquecemos de respeitar o gosto alheio.
Para mencionar outra mudança, há algum tempo usei um emulador (não sabe o que é emulador? lamento) para jogar algumas relíquias do Super Nintendo, o primeiro videogame que eu tive. Não sei explicar isso em palavras, mas parece que "perdeu a magia", e só então eu consegui chegar à conclusão de que o que torna a infância um período tão agradável e marcante é a inocência que nós só descobrimos que tínhamos depois que perdemos. E é por isso que eu me sinto culpado, por perder o jeito antigo de encarar o mundo, e aí me sinto mais culpado ainda por querer que aquele tempo bom volte. Percebi que fico tentando me esconder das mudanças para não sair da minha zona de conforto, e isso me prejudicará, mais cedo ou mais tarde. O conselho que deixo hoje, para aqueles que tiveram paciência de ler até aqui: não fujam das mudanças, experimentem viver a própria vida antes de fugir dela. Sim, isso é clichê, mas é melhor perceber e mudar algumas atitudes agora do que deixar para olhar para trás quando a trilha já estiver no fim, concordam?
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Ok, não sei se isso pode ser chamado de "texto". Acho que foi mais uma divagação sem nexo, mas tudo bem. O próximo texto será outro do meu caderno antigo, e talvez eu poste mais de um por dia, porque acho importante transferir aqueles textos para um lugar mais seguro (como se aqui fosse seguro...)
Comente dando sugestões de temas ou falando qualquer merda que eu já fico grato.

Obrigadoporler, volte sempre.

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